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Movimento estudantil faz aula pública em defesa da soberania nacional

  • Foto do escritor: Carlos Norberto Souza
    Carlos Norberto Souza
  • 4 de ago.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 15 de ago.

Ato reuniu sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas, na Estação da Cidadania, em repúdio ao "tarifaço" e à interferência do governo dos EUA em questões internas do Brasil


As cores da bandeira do Brasil deram o tom em espaço já tradicional de manifestações da Região
As cores da bandeira do Brasil deram o tom em espaço já tradicional de manifestações da Região

"Foi um dia muito importante que a gente mostrou para Donald Trump que os brasileiros não vão se render e que estamos organizados para fazer frente aos ataques do imperialismo que tenta colocar o povo e a nação de joelhos. É essa unidade necessária para construir a resistência ao avanço da extrema-direita no mundo", afirmou o estudante do campus de Cubatão do Instituto Federal de Ciência e Tecnologia de São Paulo, Matheus Café, presidente reeleito do Centro dos Estudantes de Santos e Região (CES), durante aula pública pela soberania nacional e contra a taxação promovida pelo governo dos EUA.


A atividade, promovida pelo CES e a Frente Brasil Popular, realizada no último sábado (02/08), em Santos, se somou à mobilização nacional convocada pela União Nacional dos Estudantes (UNE) em defesa dos interesses do povo brasileiro. A coordenadora da Apeoesp na Baixada Santista, a professora Tânia Maria Grizzi de Moraes, e o especialista aposentado do Banco Central, Iso Sendacz, ministraram aulas a respeito do significado de soberania nacional e aspectos econômicos do "tarifaço" imposto por Trump.


"Por trás dessa medida, existe também aquela ideia de dominar a América Latina como se nós fôssemos o quintal dos EUA e achando-se o imperador do mundo", opinou Tânia Maria. Segundo Iso, há duas tarefas pela frente: manter a democracia e o Brasil livre dos traidores e criar os projetos para reconstruir as nossas indústrias com o apoio da nossa ciência e da nossa engenharia. "Nós estamos fazendo no Brasil com a nossa autoestima, vamos em frente para que a gente possa construir o sonho de Tiradentes, transformar esse imenso país numa grande nação", afirmou.


Café destacou que, enquanto o presidente Lula enfrenta os ataques à soberania nacional, o governador do Estado de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), está fazendo "o contrário". "Tarcísio já está em campanha eleitoral, se curvando para o Trump e os EUA, para tentar se firmar como próximo nome da extrema-direita no Brasil", disse.


Café garante que a mobilização vai continuar e pede por unidade em defesa do País e do povo brasileiro
Café garante que a mobilização vai continuar e pede por unidade em defesa do País e do povo brasileiro

CES: "política agressiva do imperialismo norte-americano"


Os representantes do CES, sindicatos, movimentos sociais e organizações, e demais participantes da aula pública, lembraram que a agressão trumpista também busca interferir no Judiciário brasileiro para livrar o ex-presidente Jair Bolsonaro das eventuais consequências por seu envolvimento nos recentes ataques contra o estado democrático de direito.


Segundo o posicionamento da Direção do CES, as tarifas impostas pelo governo Trump representam uma "política agressiva que visa proteger o imperialismo norte-americano às custas de nações em desenvolvimento como o Brasil" e prejudicam principalmente os trabalhadores, gerando desemprego e impactando o setor produtivo. Os estudantes defendem que um dos pilares da soberania nacional é um país poder decidir seu modelo de desenvolvimento sem interferências externas. "Não vamos deixar barato, estamos organizados, não vamos abrir mão da nossa autonomia e derrotaremos eles ano que vem", assegurou Matheus Café.







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